Em tempos de distanciamento social, a terapia online tem sido a alternativa para a prática da psicoterapia. Graças à tecnologia, é possível manter o acompanhamento ao paciente sem colocar a saúde de ninguém em risco. No entanto, o terapeuta precisa ter vários cuidados nessa atividade:
- O atendimento online é vedado pelo Conselho Federal de Psicologia quando há o entendimento de que o acompanhamento presencial e com uma equipe maior é indispensável. Por exemplo, em casos de violência, acidentes graves e surtos.
- O psicólogo não deve atender online situações emergenciais, como uma tentativa de suicídio, por exemplo. Caso este risco se evidencie durante o processo terapêutico, ele deve encaminhar o paciente ao psiquiatra, informar a família deste risco e promover atendimento presencial.
- Cabe ao terapeuta escolher uma plataforma que garanta o sigilo do diálogo e das informações que vai trocar com o paciente e assegurá-lo disso.
- Também é preciso contar com uma boa conexão com a internet e aparelhos tecnológicos que possibilitem uma sessão dinâmica e sem interrupções.
- O terapeuta tem que estar registrado no E-psi, que é o cadastro nacional dos psicólogos que fazem terapia mediada pela tecnologia.
- O terapeuta deve construir um setting apropriado e apresentar-se de modo profissional, sem compartilhar a intimidade do seu ambiente doméstico. Durante as sessões, terapeuta e paciente devem usar fone de ouvido, para preservar o sigilo e impedir gravações
Observando-se todos os cuidados, preservando o sigilo, elaborando um enquadre bem definido, assegurando ao paciente que o terapeuta está voltado para a segurança dos seus dados e observando-se as normas do teleatendimento, a terapia online pode ser uma alternativa efetiva para ampliar o acesso a esse serviço tão importante.
